São tantas as lembranças que os primeiros contatos com a palavra escrita
me trazem, a primeira vez que estive na biblioteca de minha escola, não me
recordo a série que estava, mas cursava o ciclo I, lembro até hoje o
primeiro livro que li, foi Dom Quixote, numa versão adaptada pela editora
Scipione, lembro até o nome da série, Reencontros, recordo-me porque
depois li diversos clássicos adaptados desta série, Robin Hood, Robinson
Crusoé, entre tantos outros, por isso considero um verdadeiro crime escola
sem biblioteca ou sala de leitura.
Depois, quando estava na 5.ª série, todas aquelas mudanças, vários
professores, lembro-me de meu professor de língua portuguesa, o prof.
Silvio, com quem eu nem simpatizava, o achava muito frio, bravo, distante,
pois bem, em uma determinada aula, ele discorreu sobre a importância
da leitura e afirmou que devíamos conhecer a biblioteca municipal, como
era um aluno esforçado e obediente, segui seus conselhos, fiz minha
carterinha na biblioteca e nunca mais parei de ler, lia três, às vezes, cinco
livros por semana, li toda a coleção Vagalume, os livros do Cachorrinho
Samba, todos os livros de mistério e suspense de Agatha Christie, tornei-me
amigo de todas as bibliotecárias.
pois bem, em uma determinada aula, ele discorreu sobre a importância
da leitura e afirmou que devíamos conhecer a biblioteca municipal, como
era um aluno esforçado e obediente, segui seus conselhos, fiz minha
carterinha na biblioteca e nunca mais parei de ler, lia três, às vezes, cinco
livros por semana, li toda a coleção Vagalume, os livros do Cachorrinho
Samba, todos os livros de mistério e suspense de Agatha Christie, tornei-me
amigo de todas as bibliotecárias.
Mas foi num dos momentos mais difícies de minha vida que a leitura e a
literatura me salvaram, funcionando como um verdadeiro bálsamo, como
uma terapia. Eu tinha apenas 13 anos e fui obrigado a sair da escola onde
estudava desde o ciclo I para ir para uma escola mais distante, mas que
tinha período noturno, eu precisava trabalhar para ajudar nas despesas de
casa, foi um baque, chegar em uma escola nova, sem amigos, tantas
mudanças, saí de uma escola que eu amava, numa sala com pouco mais
de 20 alunos para uma escola grande, intimidadora, com uma sala com quase
50 alunos. Mas onde eu encontrei refúgio? Na biblioteca da escola, aliás,
como sempre, e neste fatídico ano, por indicação da profª de História, li,
pela primeira vez, pois retornaria a ler outras, O Diário de Anne Frank e
também a biografia de Miep Gies, a mulher que ajudou a esconder a família
Frank. Identifiquei-me muito com a história de Anne Frank.
Enfim, por isso, posso afirmar com conhecimento de causa que a literatura
é redentora, transformadora e a forma mais barata de viajar e conhecer o
mundo, outras realidades (muitas vezes, fugir da sua própria) e culturas.
é redentora, transformadora e a forma mais barata de viajar e conhecer o
mundo, outras realidades (muitas vezes, fugir da sua própria) e culturas.
Evandro... realmente a literatura é um jeitinho especial de passearmos por diferentes sentimentos!! Eu também já utilizei a literatura para dar uma fugidinha do real.. rsrs
ResponderExcluirAbraços
Mari Clayre - Grupo 6