Junte-se a nós!

Olá a todos! Sejam bem-vindos ao nosso blog. Ele faz parte de um programa de formação a distância de educadores cujo foco são as Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade, ou seja, no contexto digital. O curso é desenvolvido e aplicado pela Escola de Formação de Professores "Paulo Renato de Souza", vinculada à Secretaria de Estado da Educação do Estado de S. Paulo. Esperamos, com nosso blog, atrair pessoas interessadas no incentivo à leitura e também ajudar na discussão sobre a importância da leitura, para, quem sabe assim, criarmos novos desbravadores dessa imensidão que é o território da leitura. A princípio, vocês poderão ver depoimentos dos fundadores do blog sobre os primeiros contatos com a palavra escrita. Visitem sempre este espaço e não deixem de postar seus comentários!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Drops literário



QUANDO A BOCA CALA...O CORPO GRITA!
(Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico)


A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.
O câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.
E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?
A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.
O caminho para a felicidade não é reto, existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família.
E ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado FÉ,  abundante combustível chamado Paciência.
Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado DEUS !

(autor desconhecido)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Por que ler?

Por que ler? Qual a importância, em nossas vidas, da leitura de um bom livro?


Eis uma das possíveis repostas...




Então leiam. Leiam cada vez mais. Leiam de tudo e sobre tudo. Quanto mais você ler, mais ampliará os horizontes de sua imaginação e de sua vida.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Ler devia ser proibido

Cuidado incautos!


A leitura não é para qualquer um. 
Assistam ao vídeo abaixo e compreenderão o que afirmo.



domingo, 13 de maio de 2012

Relato Reflexivo


    Ao iniciar este curso pensei que fosse encontrar como colegas somente professores de Língua Portuguesa, mas fiquei muito surpresa e feliz ao ver colegas de todas as áreas do currículo discutindo sobre leitura e escrita. Acredito que conseguimos contemplar todos os objetivos do curso. Conhecemos-nos, primeiramente, como profissionais, e logo após alguns momentos do curso passamos a nos conhecer e nos tratarmos como “amigos”, virtuais é verdade, mas com sentimentos humanos.
    Falamos sobre leitura e escrita digital, conhecemos o ambiente do curso, as ferrramentas do mesmo, desenvolvemos nossa capacidade leitora e escritora da melhor forma possível, em pequenos grupos, e em alguns momentos, com todo o grupo. Interagimos bastante com disposição e alegria até nos momentos mais difíceis do curso.
     A bagagem que levaremos deste curso para nossas aulas é grande, pois tivemos oportunidade de enriquecer muito nossa prática pedagógica. Nunca tinha pensado em fazer um blog com os alunos de minha escola, agora vejo que isso é totalmente viável, e com certeza será muito bom para que os alunos desenvolvam as habilidades/competências que envolvem o processo de leitura e escrita.  
     Nessa bagagem não deixarei de levar e guardar com muito carinho o companheirismo de todos os colegas, os momentos de interação, que por muitas vezes, sem saber vocês alegraram meu dia e me deram forças para seguir em frente tendo a certeza de que no “mundo virtual” também existe amor fraterno.


Feliz Dia das Mães!


"MÃE... São três letras apenas
 
As desse nome bendito:
Também o CÉU tem três letras...
E nelas cabe o infinito.
 
Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...
 
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que DEUS!"
                                                                  Mario Quintana   
 
Feliz Dia das Mães a todas vocês que são tão essenciais em nossas vidas.
 
Beijos e abraços fraternos.
 
Evandro.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Relato Reflexivo


          Quando me inscrevi no curso Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade, tinha como objetivo aprimorar meus conhecimentos em relação ao trabalho com gêneros textuais no ambiente virtual e trocar experiências com meus colegas.
         O que mais me chamou a atenção no curso e que achei mais enriquecedor, foi o fato de ele estar aberto aos professores de todas as disciplinas, pois quando se fala em um curso de práticas de leitura e escrita, parece voltado apenas aos professores de Língua Portuguesa.
         Posso afirmar que o curso superou todas as minhas expectativas, nunca imaginei que ele seria tão dinâmico como foi, aprendi sobremaneira com a realização das atividades e com meus colegas. Nunca, em minha vida, imaginei que faria um blog, se não fosse o curso, jamais teria feito um e essa experiência, além de enriquecedora e trabalhosa, foi apaixonante. É muito bom você superar seus limites e ver que é capaz de fazer atividades que nunca imaginou que conseguiria.

  

Nosso blog começou apenas com textos, depois aprendemos a postar imagens e vídeos, cada etapa vencida trazia muita satisfação. Lembro-me, em especial, do trabalho que foi aprender a dividir um texto em colunas no blog, pois é necessário usar linguagem HTML, levei horas para conseguir fazer isso e também aprendi uma grande lição: ao pesquisar sobre o assunto no Google, fui remetido para várias páginas, uma delas era um vídeo no You Tube, postado por um garoto de no máximo uns 13 anos. Este fato me propiciou uma grande reflexão, pois pude perceber, na prática, o quanto podemos aprender com nossos alunos, uma vez que, na maioria das vezes, eles estão mais inseridos no contexto digital do que nós.

         O mais importante de tudo é que poderemos usar tudo o que aprendemos no curso em nossa prática pedagógica. Hoje sinto-me mais habilitado a trabalhar os gêneros textuais no ambiente virtual, já estou planejando construir um blog com meus alunos. Tenho certeza de que será tão enriquecedor para eles quanto foi para mim.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Relato Pessoal


Tive uma surpresa ao iniciar o curso Leitura e Escrita no Contexto Digital. Pensei que fosse mais um tipo de curso, no qual iríamos desenvolver atividades direcionadas a uma determinada disciplina, no caso Língua Portuguesa. Entretanto, foi muito interessante relacionar a leitura e a escrita às tecnologias.

Já havia, há algum tempo atrás tentado trabalhar com blog, mas não consegui. No curso, apesar de minhas limitações quanto à informática, e com a ajuda do colega de grupo, iniciei mais intensivamente com as postagens de textos, imagens e vídeos. É interessante como nos sentimos inseguros quando temos pouca ou quase nenhuma habilidade para desenvolver algo que está distante do nosso contexto diário. Desta forma, pude perceber como se sentem nossos alunos que querem aprender, mas com poucas vivências em determinadas situações, ficam com medo, inseguros e acreditando ser incapazes.

  Acredito que este curso me fez refletir sobre a realidade que nos cerca diariamente, pondo-me no lugar desses alunos. Nossas aulas devem desafiá-los ao novo, à pesquisa e à criatividade. Também me proporcionou uma nova visão de como trabalhar essas habilidades no dia a dia, aliando teoria e prática, de modo a tornar minhas aulas mais atrativas, participativas e reflexivas.

 Porém, apesar de minha ânsia de buscar transformar as aulas, gostaria que houvesse maior empenho quanto a questão de existir ambientes mais adequados como por exemplo: salas de leituras, laboratórios de informática nas escolas melhores equipadas, possibilitando  o aproveitamento desses recursos, bem como, a ampliação das capacitações , atendendo um número elevado de docentes.

  Enfim , o curso foi muito bom, principalmente quando podemos conhecer várias pessoas, de diversas localidades e compartilhar os conhecimentos, experiências e sentimentos em relação à leitura e escrita no mundo digital. Foi muito gratificante.


Ah! Ia  me esquecendo do blog, uma atividade interessantíssima, que gostaria de continuar a postar com os meus colegas, claro, se todos concordarem.

domingo, 6 de maio de 2012

Drops literário


Encerrando Ciclos

     Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?
    Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
    A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
    Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
    Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
    As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
    Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
    Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
    Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Sonia Hurtado

terça-feira, 1 de maio de 2012

Drops Literário


Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero
há calma e frescura na superfície intacta
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consuma
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio
…..

…..

Chega mais perto e contempla as palavras
cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta
pobre ou terrível, que lhe deres:



Trouxeste a chave?
…..
Carlos Drummond de Andrade

Drops Literário

          Nosso Drops Literário de hoje é um famoso soneto de Camões, "Sete anos de pastor Jacó servia", que retrata uma das mais belas histórias de amor e dedicação da Bíblia Sagrada, uma verdadeira lição de como o sentimento do amor pode ser abnegado. Após o poema, pode-se ler uma breve análise semiótica sobre ele, elaborada pelo professor de Teoria da Literatura da UFPB, Amador Ribeiro Neto. Ao final da análise, postei um vídeo do You Tube com a declamação do poema. Então, ao poema:

                 Sete anos de pastor Jacó servia

1          Sete anos de pastor Jacó servia  
2              Labão, pai de Raquel, serrana bela,
3              Mas não servia ao pai, servia a ela,
4              E a ela só por prêmio pretendia.
 
5          Os dias, na esperança de um só dia, 
6              Passava, contentando-se com vê-la;
7              Porém o pai usando de cautela,
8              Em lugar de Raquel lhe dava Lia. 




 
9          Vendo o triste pastor que com enganos
10             Lhe fora assim negada a sua pastora,
11             Como se a não tivera merecida,
 
12          Começa de servir outros sete anos,
13              Dizendo: - Mais servira, se não fora
14              Para tão longo amor tão curta a vida!  


                                                                            Luís Vaz de Camões

     "Vejamos. Jacó serve a Labão porque deseja Raquel. Isto está dito nos 3 primeiros versos.  Mas o que acontece?  Labão engana Jacó e vai lhe entregando Lia. Coisa que o ingênuo Jacó só percebe no oitavo verso. E, humilde, por amor ideal (isto é: platônico), se dispõe a trabalhar outros sete anos, e mais outros sete, se assim a vida lhe permitir.

     Cumpre observar que o soneto subdivide-se em dois momentos: por Raquel e sem Raquel. Esta divisão se dá exatamente nos versos 7 e 8:

             Porém o pai usando de cautela,
            Em lugar de Raquel lhe dava Lia.  


        Cada verso iconiza um ano dos sete de trabalho. Como, cabalisticamente, o sete em Literatura (e não só na Literatuta, evidentemente) sempre esteve ligado ao infinito, a cada porção “infinita” de tempo, Jacó renova seu amor por Raquel e dispensa Lia. 

     Ora, por que Labão é tão sádico? Aí é que está a questão: Labão não é sádico: Jacó é quem é masoquista, pois desde o verso 2 o nome de Lia já aparece disseminado, muito sutilmente, (é claro: afinal estamos no domínio da linguagem da poesia) e só Jacó (e com ele o leitor ingênuo de poesia) não percebe. O verso 2 diz: “Labão, pai de Raquel, serrana e bela”. Não diz que ele é também o pai de Lia. Aliás, o nome Lia só aparece explicitamente no último verso da primeira parte. Bem sintomático: Labão está a fim mesmo de esconder o jogo. Mas vai pipocando ora aqui, ora ali, uma dicazinha de que tem outra filha. Já no segundo verso, ao lado do nome de Raquel ele coloca, obliquamente, o de Lia. Vejamos:

          Labão, pai de Raquel, serrana bela. 
          
     Mais à frente, no verso 10, a verdadeira pastora aparece dissimulada novamente:

          Lhe fora assim negada a sua pastora,

          
     A obsessão platônica  de Jacó não lhe impõe limites. Ao contrário: outras vidas quisera ter para servi-las como paga de seu amor por Lia. E o verso final, revela-nos mais uma vez o nome de Lia:


          Para tão longo amor tão curta a vida!


     Nem o  ruído do rock nem as abordagens não escondem o que a Semiótica nos revela: o ícone da dissimulação está presente e faz o encanto do soneto camoniano. Cabe apenas ao leitor/ouvinte atual saber ler/ouvir com um novo repertório.

    
    Às abordagens convencionais da lírica de Camões (muito importantes, diga-se de passagem), a Semiótica vem apenas propor mais uma, que, aliás, amplia o leque de compreensão da magnitude deste grande poeta do amor. Com essas e mais aquelas, quem sai ganhando é o próprio leitor, que a cada geração percebe mais uma faceta instigante do grande lírico Luís Vaz de Camões."

                                                  (RIBEIRO NETO, Amador. Jornal de Poesia: dezembro de 1997)